Agradecimentos à Ally pela revisão do texto S2
Fala minhas cenourinhas recheadas de queijo! Falem pra mim se o Mundo Celestial tá ou não entregando o Mundo?! Conflitos internos, personagens sendo bem desenvolvidos e com uma complexidade sem igual, e a trama caprichando cada vez mais nas revelações! Mas só falar não adianta nada, bora saber o que rolou nesse último capítulo!
Lembrando como sempre que tudo é uma interpretação livre da tradução, podendo ser ou não alterada com a chegada oficial deste arco aqui no servidor!
No capítulo anterior:
- A Grand Chase chega à Deápolis, a cidade que foi uma antiga civilização sob a proteção da deusa Dea, antes dessa abandonar seu povo e fugir para o Paraíso;
- Brahmashell explica que o Paraíso é um plano superior ao Mundo Celestial para onde os deuses foram após o Mundo Celestial ser inteiramente submerso e os espectros restantes da guerra selados;
- Eles confrontam Neption, o presidente do Conselho Celestial, responsável por alagar o Mundo Celestial e prender não só os espectros, como também acabar com a vida de vários guerreiros do Valhalla em combate;
- O Celestial descobre que a queda do Satélite Paraíso foi obra de Júpiter, indo ao Paraíso tirar satisfação pessoalmente, porém sendo derrotado pela divindade antes de obter qualquer resposta;
- Com Júpiter enfraquecido por ainda ser um humano, Ganimedes persuade Io – que anteriormente foi presa por sua irmã – a cooperar enfim com seus planos;
- Um dos guerreiros do Valhalla é possuído e se transforma em um Espectro Orguss. Quando Brahmashell iria dar o golpe de misericórdia, a deusa Dea em pessoa aparece e purifica o Highlander. Entretanto, ela começa a ser perseguida pelos espectros subordinados de um deus maligno;
- Phaethon se revela como a traidora do grupo por ter feito um contrato com o deus maligno. Em troca de libertar seus companheiros do cárcere que foi imposto à eles pelos deuses, ela iria ajudar a entidade a capturar a deusa Dea;
- Após ser derrotada, Phaethon abre um portal entre as dimensões para o esconderijo da deusa Dea, completando seu contrato com o deus maligno e sua alma enfim parte para encontrar seus companheiros falecidos.
A cena começa com a deusa Dea fugindo dos espectros subordinados do deus maligno, até encontrarem outra deusa Dea, que os elimina e repreende a primeira entidade por ter saído sem sua permissão, ainda mais trazendo tantos espectros consigo. Ganimedes e Io chegam em seguida e oferecem à deusa um acordo para que Dea visite Júpiter, mas a entidade nega, dizendo que a deusa Dea é sua preciosa isca e que jamais deixaria que a levassem. Entretanto, a rata cinza diz que não necessariamente precisa ser a deusa em pessoa, tentando encontrar uma linha de argumentação com base em sua missão de levar a deusa embora, mas não sendo a deusa Dea propriamente dita.
Enquanto isto, a Grand Chase cruza o portal para a dimensão onde Dea está escondida e se espanta com a existência de um lugar tão amplo entre as dimensões. Brahmashell lamenta como não sabia da existência do lugar antes e Lin o repreende, dizendo para pensar nisso depois. O Highlander se desculpa e diz que não podem deixar o desejo de Phaethon se tornar realidade.
A grande quantidade de espectros no plano exige muito da Grand Chase. Arme e Lire avistam uma deusa muito parecida com Dea no lado oposto onde estavam seguindo-na, causando estranhamento sobre como ela apareceu ali. Elesis pede a todos que ajudem-na contra o cerco de espectros que a encurralou e perguntam se a deusa está bem. Entretanto, a deusa a frente deles exala uma aura totalmente diferente e Meiden percebe que há algo de errado, uma vez que os espectros começam a se afastar da mesma. Eis que Brahmashell percebe o odor de espectro exala da entidade, exigindo que esta revele quem é de verdade.
A Deusa sem nome mostra suas cores e luta contra a Grand Chase, se perguntando como ela foi reconhecida se passou tão bem despercebida na aparência, tentando também intimidar Elesis quanto à sua coragem de brandir sua espada sem hesitação por lembrá-la alguém. A ruiva pergunta do que ela está falando, mas antes que pudesse obter alguma resposta, a verdadeira deusa Dea chega e pede que não lutem, pois a Deusa sem nome não é uma inimiga.
A entidade novamente repreende Dea por sair do seu esconderijo e pôr todos seus esforços para protegê-la em vão. A divindade explica que não poderia ficar parada vendo quem a protegeu todo esse tempo ser vítima de um mal-entendido. A espectro nega tudo, dizendo que apenas usou Dea de isca para atrair outros espectros, assim não se preocupando em ficar com fome.
Elesis e Sieghart ficam sem entender essa história de um espectro protegendo uma deusa do ataque de seus iguais. Dea então explica que a deusa sem nome não é uma pessoa má, já que pode ser considerada uma existência completa nascida entre os deuses, visto que acima de tudo, não cobiçava o poder divino para retomar seu status como deusa, ao contrário do deus maligno e outros falsos deuses. A entidade ressalta que acha estúpido alguém que deixou de ser um deus reivindicar o que não é mais dele, já que sem uma amarra a seu nome e missão como uma divindade, deveria estar feliz.
Dea também comenta que o motivo dela consumir outros espectros é para purificá-los, buscando fazer com que os espectros também se tornem existências completas. A Deusa sem nome fica com raiva que sua amiga a exponha tanto dessa forma e que ela vai libertá-la algum dia da sua obrigação de proteger o selo do Mundo Celestial, apesar de Dea ainda desejar continuar sendo a protetora deste selo.
Lin alerta sobre a aproximação do deus maligno. Brahmashell diz que julgou mal a deusa todo esse tempo e diz que agora irá assumir a liderança para protegê-la, mas Sieghart e Elesis o impedem devido ao seu ferimento ainda não ter se recuperado. Dea pede que não destruam o templo, uma vez que o mesmo foi construído com o intuito de fortalecer o selo do Mundo Celestial, e que se for destruído, é o equivalente a ela ser capturada e o selo desfeito.
A Cavaleira Vermelha diz que fará o máximo possível para cooperar com a deusa sem nome e derrotar o espectro que tenta invadir o lugar, porém a espectro se nega a ajudar por já ter “comido demais” e, caso acabasse se envolvendo, teria uma terrível indigestão. Sol ressalta o quão repulsivo está sendo o combate com os espectros, comentando como chegou neste ponto e que os demais heróis parecem estar acostumado a este tipo de batalha. Sieghart e Lass dizem que mesmo sendo a primeira vez no Mundo Celestial, não é diferente do que já passaram no Mundo dos Mortos e no Mundo dos Demônios, sendo apenas mais uma “terça-feira fraca”.
Sieghart tenta apontar para os Guerreiros do Valhalla, que lutam sem se cansar tão fácil no Ragnarok por muito tempo. Tanto o Demos quanto o mestiço acreditam que o segredo do imortal é apenas pelo mero fato dele ser um Highlander, conseguindo assim o vigor ideal para lutar incansavelmente. Enquanto isto, Lin e Brahmashell estão a sós conversando sobre a batalha. O capitão do Valhalla reconhece que a Grand Chase é um grupo de bravos guerreiros e que até mesmo podem superar os seus subordinados.
Lin acredita que seu amigo apenas fala isso por estar ansioso para lutar, porém ele ressalta que não pode devido ao ferimento que ainda está cicatrizando. Nesse momento, a deusa sem nome chega, pedindo para falar em particular com Brahmashell. A entidade oferece ao guerreiro que encontre seu verdadeiro eu não apenas como capitão da Valhalla, mas como guardião da deusa. O Highlander diz que não é mais digno de tal título, porém é convencido de que pode reavê-lo trazendo de volta a deusa que se sacrificou em vida.
Lin pergunta o que fez Brahmashell ficar tão pensativo. Todavia, antes de obter qualquer resposta, ela é selada pela deusa sem nome, exigindo que a solte se for algum tipo de piada e clamando para que o Highlander a liberte. Elesis, Lire e Arme ouvem um grito ao longe, percebendo que veio de onde Lin está. Elas correm em seu socorro e percebem a sacerdotisa aprisionada, exigindo que a soltem. A deusa sem nome nega o pedido, apontando que estava num ritual importante para purificar a besta demoníaca no corpo de Agnécia e libertá-la do selo que a prendia junto à besta no corpo de Lin. A ruiva diz que, ou vai por bem, ou por mal, porém Brahmashell se opõe e luta contra os heróis mais uma vez.
“Eu não vou perder Agnécia uma segunda vez”!
Apesar dos esforços, Brahmashell perde e o ritual falha. Lin desperta como ela mesma e explica ao seu amigo que não é mais a deusa da pureza e que ele mais do que ninguém deveria saber que não tem como a divindade retornar. Lass ressalta que uma vez que a deusa reencarnou, ela já era um ser diferente, não podendo ser trazida dos mortos. A deusa sem nome fica perplexa que o ritual tenha falhado e é cobrada por Elesis do motivo de ter feito isto, respondendo que tinha a intenção de conseguir poder para proteger a pessoa que mais importava para ela.
Porém, o deus maligno vê uma janela no desejo da deusa de proteger Dea e assume seu corpo para capturá-la. A espectro, com o resto de consciência que lhe resta, pede para os heróis fugirem dali o quanto antes e levarem sua amada para o mais longe possível. No trajeto, a Grand Chase planeja uma maneira de lidar com a situação depois de esconderem Dea em um lugar seguro. Brahmashell tenta se redimir do que fez tentando ganhar algum tempo, porém Lin o repreende novamente e diz que, se for pelo desejo de Agnécia, em nome dela, ordena que o mesmo pare de se preocupar e apenas viva (Isso mesmo, farofinha! Bota na mesa e manda medir!).
Lire então nota que não está mais ouvindo os gritos da deusa sem nome. Enquanto isso, os espectros subordinados do deus maligno ainda rumam para onde está a nova hospedeira de seu mestre. Ao chegarem ao local onde a deusa está, eles se deparam com a nova entidade e travam uma árdua batalha, mas derrotando-a no final e fazendo a deusa sem nome recobrar os seus sentidos. Elesis finalmente entende o motivo da deusa insinuar sobre a coragem dela em brandir sua espada sem hesitar quando necessário e a espectro resolve se tornar um novo selo para manter o deus maligno em xeque, impedindo o próprio de tentar escapar e trazer novos lacaios para capturar Dea.
Elesis fica ainda ressentida com a decisão da entidade. Contudo, agora ela poderia finalmente livrar Dea de sua obrigação de guardar o selo, apenas pedindo à ruiva que pergunte à deusa o que ela era pra mesma quando estava viva.
Em outro lugar, Io relata que a deusa sem nome falhou e Ganimedes “sente muito” por agora Dea não ter utilidade alguma, tendo em vista que estava livre de sua obrigação como guardiã do selo. A detetive pergunta à Dea o que a Deusa sem nome era pra ela. Dea responde com um tom melancólico que era apenas “uma deusa sem nome”.
As três partem e a Grand Chase enfim chega ao local, porém já era tarde demais e percebem que Ganimedes e Io estavam envolvidas com a deusa Dea. Elesis e Sol ficam indignados, porém Arme diz que precisam se concentrar em sair daquele lugar antes que ficassem aprisionados por causa do selo. Mari então entra em contato e diz que está enviando “alguém” para buscá-los, se tratando da própria Eosporos.
Dentro da nave, Kudan diz que só está ajudando-os para transportar as relíquias sagradas até o Satélite Paraíso. Contudo, ele não imaginava que estivessem tentando comandar sua nave sem seu consentimento. Elesis comenta que agora, com a velocidade da nave, eles poderiam finalmente ir atrás de Ganimedes. O Celestial reluta um pouco, mas percebe que tem contas a acertar com a papagaio e diz que vai ajudar a Grand Chase no que for preciso, desde que ninguém ouse lhe dar ordens e que deveria ser referido como Capitão, e não como “Deus Quaternário”.
O Arco então termina com Myst e Lapis aparentemente no Paraíso. Neption pergunta o que Abaddons estão fazendo por ali, e o Soberano Demoníaco dos Segredos responde que não sabe o porquê, mas o momento do fim foi antecipado.
“O fim de tudo... Está muito perto.”
O que temos até aqui?
Começou com algo que eu disse já em vídeo a respeito da teoria Adel/Júpiter enfim canonizada:
“Eu esperava um Pandemonium, mas a KOG me entregou uma Calnat”.
Falo isso com uma sensação de realização no peito, porque o arco prometeu um “Mundo” e realmente o entregou! Este capítulo encerra mais uma trama bem construída em cima dos problemas que a Grand Chase tem com os celestiais, integrando os deuses e outros seres desta sociedade de forma bastante orgânica e desenvolvendo não só a sensação de desprezo pelas divindades que foram a gênese de toda esta situação, como o dever cívico de terminar o que começou em Ernas.
Pela primeira vez, temos um dilema criado a partir deste arco: Não sabemos quem podem ser os próximos jogáveis na galeria de SR’s! Afinal, foram tantos personagens com potencial que fica até difícil distinguir aqui os que realmente podem ser lançados (Até Kudan tem um brilho e procura se redimir do que houve, vendo que o inimigo de seu inimigo é seu aliado agora).
Bom, vamos começar a análise?
O desenvolvimento da deusa sem nome e de Dea é com certeza uma das relações mais bem construídas nesse arco. Você tem aqui um sentimento mútuo que só não é correspondido por conta da natureza e principalmente princípios de uma das envolvidas. Entretanto, o sacrifício da deusa sem nome para libertar Dea de suas amarras como guardiã do selo é um ponto chave que desperta aquele sentimento de “por favor, volte uma hora em segurança” junto com um misto de ódio pelos responsáveis por aquela situação terem chegado àquele ponto.
“Eu tava esperando muito dessa personagem e ela realmente fez por merecer todo esse destaque!”
E eu não poderia deixar de mencionar também o desenvolvimento de Lin e Brahmashell aqui: O Guerreiro do Valhalla encara um misto de sentimentos por enfim encontrar quem tanto devotou-se, porém ainda se sentia ansioso e inseguro com o fato de deixá-la morrer em vida e não merecer o posto que um dia recebeu como “Guardião da Deusa”. O Guerreiro do Valhalla nesta trama demonstrou uma complexidade que não só acrescentou a ele mesmo como personagem, mas também à própria Lin, que ganhou enfim um apoio para sua própria trama como a reencarnação de Agnécia.
Alias, a interação dos dois é simplesmente perfeita: Você tem de um lado alguém que quer tentar a todo custo voltar a ser digno de estar ao lado de uma deusa, e outra que tenta pôr um pouco de juízo nele, fazendo-o entender que ele não precisa mais se ater a esse fardo.
Também é válido mencionar que após o fracasso do ritual de purificação que tentou trazer Agnécia de volta, o compadecimento de personagens como Sol e Meiden nesta cena é algo ímpar: Ambos entendem que não é possível trazer alguém que praticamente não existe mais de volta à vida, mas ao mesmo tempo conhecem essa frustração por terem pessoas em suas vidas que não podem ver novamente (Meiden com seu/sua supervisor(a) que foi dado(a) como morto(a) após investigar a verdade na Sociedade Celestial e Sol por seu irmão após este ser devorado pelos Vazios na sua frente).
Por fim, temos esse final que só reforça onde vai ser o novo ato (Paraíso) e a participação de Myst e Lapis promete ser outro dos pontos de importância para o que vai acontecer futuramente. E um detalhe que talvez alguns vão gostar (Principalmente a Ally), é que dessa vez nossa “dupla do barulho” não são os responsáveis pelo que está acontecendo, aparentemente, mas parecem estar agindo sob o comando de alguém que “adiantou o fim”.
Uma mente mais perturbadora que a Lapis? Será?
Enfim, meus amores, tudo o que posso dizer é: Esperei 5 anos por este arco e valeu à pena cada segundo de espera. Não só temos a canonização da Teoria Adel/Júpiter, mas cada ato deste mundo que já vai deixar saudades, e espero que o próximo seja tão bom quanto ou no mínimo algo equiparável.
Espero que tenham gostado dessa série, meus amores! Um grande abraço e nos vemos no Mundo 16!